29 de jan. de 2008

Salve a cintura...


Após um longo período de calças e saias de cintura baixa deformando os corpos arredondados das brasileiras, finalmente retorna a cintura marcada, as roupas começam a subir e a procurar a cintura...ops
Eis um problema, porque grande parte das mulheres se viram tão a vontade com as roupas de cintura baixa, que acabaram por deformar seus corpos, principalmente as adolescentes, que nem sabem onde fica a cintura.
E agora José??? O que será delas???
E as gordinhas??? Bem, essas em sua maioria, ao menos as de bom gosto, jamais se renderam as roupas deformadoras, lutadoras incansáveis buscavam, mesmo que distante, cortes que mantivessem tudo no lugar e o resultado??? Olhe a sua volta, as belas gordinhas têm cintura, ao contrário de muita magrinha que anda por ai se exibindo com calças numero 30.
Então adivinhem??? As magrinhas vão ter de se readaptar, mas permanecerão lindas, e as gordinhas, ah, essas ficarão ainda mais exuberantes agora que poderão mostrar o que tem de melhor, as curvas, sim porquê é isso o que a cintura valoriza, as curvas da mulher, a cintura é o ponto de referencia da ampulheta que a silueta feminina deve ter.
E além de tudo isso mora ainda algo mais. O fim da escravidão da moda. A cada temporada vemos os termos ficarem mais democráticos e as pessoas podem usar o que bem quiserem, com bom senso é claro, afinal bom gosto não se compra na loja, se aprende olhando no espelho.

28 de jan. de 2008

Chega... quero que esse ano comece logo

E ai, quando começa 2008???
As festas terminaram, comeram o perú, sujaram o mar e todo o resto do enfadonho processo de passagem de um ano para o outro. E quer saber???
"Bosh"
Adoro essa palavra, ela sôa tão dramática e ironica que é lamentável não poder passar esse impacto no texto, mas enfim sua tradução grosseira é BESTEIRA.
Todos esses rituais servem apenas para você disfarçar e ter a desculpa perfeita para parar recomeçar.
Hei, mas não é isso que queremos o tempo todo???
Pois então deixe de hipocrisia e realmente recomece.
Mas sem esquecer que o ano que ficou para tras, não se apagou. Você vai ter de quitar as dívidas que fez, lembrar dos aniversários das novas pessoas que conheceu. Presentear algumas provavelmente. Vai ter de repetir toda sua agenda sazonal e todos os compromissos anuais pré agendados.
Tudo o que comeu nas festas se somou aos quilos que você havia prometido perder no último reveillon e surpresa... prometeu de novo dessa vez. Ah! O ser humano não aprende mesmo.
O que resta agora é encarar a realidade. Embora você já esteja assumindo todos os compromissos e atividades do novo ano. Ele só começa mesmo em fevereiro, depois do sagrado carnaval.
Então aproveita que a emoção das festas acabou, que você ainda não bebeu o que vai beber no feriado de carnaval e planeja logo 2008. Mas com realismo. Sem essa de perder 10 Kg, prometa não ganhar 10 Kg, isso você consegue né??? Pelo menos até o próximo Natal.
E que venha logo 2008, pra gente saber o que acontece sem CPMF e qual será o nome do imposto substituto.

25 de jan. de 2008

Aprendendo a Ler

No ultimo post, falei em primeira pessoa sobre o hábito de tirar vantagem, parodiei ou croniquei, seja lá como queiram usar o verbo, a postura de empresários brasileiros que se utilizam de sua posição para surrupiar seus empregados.

No entanto recebi um comentário, infimo, que nem valeria a pena responder, já que nem se prestou ao trabalho de colocar-se. No entanto, a grosso modo pareceu-me que o comentarista, repreendia-me por "eu" querer tirar vantagem e fazer apologia a isso no meu blog.

Diante disso fica aqui o apelo. Para criticar-me, por favor, aprendam a ler. Consultem as entrelinhas, raciocinem além do que está obvio e busquem a sua verdade. Ai então critiquem-me de forme que o hábito da crítica seja útil a todos, que nos leve a discussões elevadas.

3 de jan. de 2008

Eu quero é tirar vantagem.

Dane-se de quem, dane-se como... eu quero é tirar vantagem. Quero é ser o esperto, sair ganhado em cima da maioria, me garantir saindo na frente.

Não me interessa quem vou trapacear, ou o que vou negociar, contanto que fique bem, por cima, com todas as regalias que mereço.

O benefício???

Ah! Dormir com a certeza de que mais uma vez lucrei porque sou esperto, porque posso, porque tenho vantagem acima da maioria, porque eles não sonham com o que faço, com o que surrupio, com o que tiro de vantagem.

E sabe porque eles não sabem??? Porque se soubessem não saberiam o que fazer com isso. Por isso eu mereço mais que eles, por isso eu tenho mais que eles, por isso continuo tirando vantagem sobre eles.

E se alguém um dia disser, mania de "jeitinho brasileiro", me uno em coro e afirmo, por isso esse país não vai pra frente, porque empregadores honestos como eu, pagam tanto imposto que não têm lucro suficiente para dar mais e melhores empregos. Porque empresários como eu só conseguem ganhar um pouquinho porque trabalham mesmo, porque vivem do pouco lucro que os negócios dão.


Ora, quem me dera um dia o faturamento estar melhor para dar o que os meus funcionários merecem...

2 de jan. de 2008

Os excessos que nos invadem.

Por que os excessos alheios nos incomodam tanto???

Não só os do marido, da mãe ou do filho, não os do colega de trabalho que divide espaço conosco um dia todo, mas os excessos anonimos. Aqueles cometidos por quem desconhecemos, por pessoas que simplesmente cruzam conosco em circunstâncias únicas. Por que esses excessos são capazes de nos enlouquecer???

A mulher desconhecida que grita estéricamente com o filho no corredor do supermercado. Ou o adolescente que entra no ônibus falando alto e fazendo piadas sobre o "busão".

E as máximas de final de ano??? As incansáveis festas de empresas onde você assite a degradação da mocinha da contabilidade depois de algumas cervejas, o senhor sério do almoxarifado perder a sunga na piscina do sítio, onde o dono da empresa programou uma confraternização, em que todos são incentivados a se abraçar no discurso de encerramento. Depois que o chopp acabou, a churrasqueira já foi apagada, e a piscina onde uns excessivos beberrões se mantém até um minuto antes do final da festa.

Após o longo discurso, em que a paz é esperançada, o sucesso e convocado, e a gratidão é aclamada pelo presidente da empresa, ai então o excesso dos excessos, a sentença aos sóbrios que por boa capacidade social compareceram a festa. Estes agora terão de clamar por seu fôlego e total descaso ao excesso alheio para manterem-se firmes diante de abraços ábrios, declarações acaloradas e enbriagadas de emoção que somente o excesso do momento traz.

Será então crime ou pecado incomodar-se com os excessos?

Vale realmente a sociabilidade provida de "estomago" ou desprovida de pre-conceito para a condenação brutal a esse tipo de convivência??? Que recompensa nos cabe para sobreviver a isso???

Valho-me então de toda antipatia que me é peculiar e afirmo. Se nada tenho a ganhar, prefiro me abster e ter por unico excesso minha total falta de hipocrisia.

1 de jan. de 2008

Tentação do Açúcar

Texto brilhante encontrado no site www.correcotia.com.br da jornalista Sonia Hirsch.


Lenda, é? Pois sim. Contam que o Diabo
ficou doente de inveja quando Deus criou Adão e Eva, seus seres mais perfeitos, e resolveu se vingar. Destruindo-os, é claro.

Mas tinha que ser lentamente, de um jeito bem sutil, bem inocente, pra ninguém desconfiar; e com alguma coisa muito gostosa. Inventou o açúcar. E logo espalhou um pouco na terra, de forma que todos os seus rebentos tivessem um gostinho ligeiramente doce.

Foi aí que aconteceu o episódio da maçã. Não tinha aquela história de fruto proibido, serpente e coisa e tal? Pois eram artes do Demo. E Eva não só seduziu Adão, como já na primeira mamada passou pro filho o prazer do doce na boca. Como comia frutas, a Eva!

Deus, que naqueles tempos ainda era meio sujeito a crises de mau humor, ficou danado. Falou, explicou lá da maneira dele que o amargor da vida é que era o quente, depois esbravejou, chegou a proibir a coisa, não conseguiu nada e acabou expulsando os três do Paraíso.

Eles foram embora tristes que só vendo.

Andaram, andaram e finalmente chegaram na Índia, embora também se diga que foi no Egito, e armaram um ranchinho ao lado de um canavial.

Claro que o Diabo, esse imoral, estava por trás de tudo; um dia se disfarçou de pedra e esmagou uma vara de cana de um modo que o caldo foi espirrar bem na boca do Adão.

Cana, pra que te quero? Virava caldo, o caldo secava, sobravam umas pedras doces no fundo. Às vezes ficavam cheias de formigas e Adão reclamava um pouco, mas comia do mesmo jeito. Às vezes comia tanto que chegava em casa meio torto e Eva resmungava um bocado, se lembrando nessas horas de Deus e achando que ali tinha coisa.

Deus tudo via e tudo sabia. Só que tinha decidido deixar o barco correr. Não dera a eles o precioso bem da inteligência? Pois eles que se virassem.

— Oh, Senhor! — protestavam os anjos. — Mas assim vai ficar tudo do jeito que o Diabo gosta!

Deus, nem te ligo. Se fazia de surdo. Mesmo porque andava muito ocupado planejando a era de Peixes, por coincidência esta que está terminando agora e que é curiosamente simbolizada por um bicho que morre pela boca.

— Terra à vistaaa! — grita o marujo lá do alto da gávea.

— Ó Manoel, traz as mudinhas de cana! — grita o comandante lá pro fundo do porão.

Andavam com elas a bordo, os portugueses, por volta de 1500. O açúcar importado do Oriente era a droga mais cara e cobiçada da Europa. Tinham que encontrar outros solos tropicais para plantá-la.

Aí descobriram a América.

Só que era preciso preparar a terra, plantar, limpar, cortar, moer, arre. Coisa demais para europeus encalorados. Onde era mesmo que tinha um povo capaz de dar esse duro sem se acabar? Como? Logo ali, na África?

Ora, pois. Foi assim, com os africanos, que os europeus fizeram a América.