26 de dez. de 2007

Por que???

Por que as relações familiares são tão complexas???
Por que é tão difícil dizer o que sente para as pessoas que você ama sem que elas se magoem???
Por que era tão fácil ser filha antes de se pensar em ser mãe???
Por que a casa da sua mãe era tão aconchegante quando era sua, e agora não mais???
Por que essas sucessões são tão difíceis e dolorosas???
Por que crescer e amadurecer tem de doer???
Deveríamos mesmo ser congelados na infância.

2 de dez. de 2007

Quimeras da vida social


Ao aproximar-se o final do ano é comum nos vermos completamente sem tempo e as voltas com as compras que esta época do ano nos obriga.

Sim nos obriga. Planejamos os finais de semana e as noites em torno de listas de onde devemos ir. Comprar enfeites obrigatórios, para portas, janelas, arvores, compras presentes para amigos, parentes, lembrancinhas para colegas de trabalho, presentes de amigos secrecetos, em que fomos obrigados a participar para não sermos considerados antisociais.

Compras de uma ceia absurdamente fora dos nossos habitos alimentares, castanhas, nozes, assados, doces açucarados, vinhos e tudo o mais.

Ai sofremos com o estacionamento, com os centros comerciais hurbanos, como a rua 25 de março aqui em São Paulo, a enorme multidão dos shoppings no sábado a noite, nossa que loucura absurda.

Mas o que nos condena a isso??? Porque passamos o ano medindo nossa agenda a base dos aniversários, dos presentes a comprar, dos cartões a enviar? Porque planejamos o nosso mes de novembro e dezembro baseados no salário extra que virá providencialmente para atender as compras de Natal???

Embora eu seja uma compradora compulsiva e ame o hábito de presentear, me pergunto porque tenho de realizar este hábito em situações sociais obrigatórias?

Compro presentes pré agendados, vou a festas obrigatórias mas, quanto será que realmente me importo com as pessoas???

Por que nos vemos obrigados a cumprir estas datas, mas não nos obrigamos a uma visita cordeal e sincera onde realmente mostremos que nos importamos? Por que no lugar de passar a tarde de sábado procurando um presente para um amigo, eu simplesmente não passe a mesta tarde de sábado ouvindo como anda sua vida num bate papo descompromissado sem pressa de ir embora???

Porque, é muito mais simples comprar algo que simbolize o gesto do importar-se com alguém do que simplesmente se importar.

Esta semana tirei duas horas do meu dia, para simplesmente sentar na mesa da cozinha da minha sogra e ouvi-la narrar sua semana equanto compartilhava com ela uma rosca de coco e duas xícaras de café com leite. Este momento foi tão menos exaustivo que a compra de qualquer presente para ela e tão mais humano e gratificante do que a mecanica entrega de um embrulho de presente em troca de um abraço e da proforme réplica "não precisava se incomodar".

Eis a esplicação da quimera social, se não fosse inutil e incomodo, a resposta proforme da etiqueta ao receber um presente não seria "não precisava se incomodar" e sim "muito obrigada por passar horas buscando uma lembrancinha para mim, quando bastava se lembrar de me ligar de vez em quando".

17 de nov. de 2007

Os seres e os quereres

A música popular brasileira é algo que realmente me toca.
Me toca porque tem a alma brasileira como a minha, e me fala sem subterfúgios porque me fala em minha língua mãe. Não há o que raciocinar ou associar ao ouví-la porque é possível sentí-la. Chega ser distante dizer que ela é "algo", já que me parece mais "eu" por ser tão diretamente parte de mim.
Jamais compus ou cantei, não tenho habilidade para isso, mas sempre ouvi sobre mim em diversas canções. Como uma de Milton Nascimento em que ele diz que a música o toca tanto que ele se pergunta "como não fui eu que fiz". Bem ele pelo menos tem o talento e por isso se cobra a autoria de uma canção que o toque tanto não tendo sido ele o compositor.
Já eu, me tenho como total papel em branco, e minha alma se completa ao ouvir canções que me cantam, sem que eu jamais tenha sido a musa de qualquer compositor.
Ultimamente tenho ouvido especialmente Marisa Monte, e como ela tem me cantado, cantado meu amor, meus desejos, meu ser e meu querer.
Quando a ouço cantar o meu querer, em "Gerânio"uma música primorosa de seu album Infinito Particular, vislumbro a mulher que hoje desejo ser. Me aperta o peito, olhar pra frente e imaginar o que tenho de fazer para atingir este querer. Mas o desejo que ela também canta me toma, e meu ser em luta com o querer me remete a Caetano Veloso no Quereres. E me pergunto se o ser é fruto do querer. Se sou hoje o que quis em minha trajetória, e como meu querer de hoje poderá existir sobre o ser.
Conheço meu querer e também meu ser, e anseio agora pela música que cantará meu escolher.

9 de nov. de 2007

Peregrinação

O saber requer prática.
E ser sabichona requer cada vez mais a perfeição...rs
Bem, tenho estado ausente, porque estou em peregrinação pelo saber.
Espero em breve estar de volta a divulgação virtual do meu mais novo saber adquirido.
Enquanto este momento não chega, o acesso a internet é escasso, para que o adquirir seja intenso e imediato, sem qualquer interferencia exterior. O adquirir me devolverá mais segura a prática do saber em novas áreas e ainda mais senhora do saber em áreas já vistas.
Por hora só peço continuar o adquirir para que a prática me leve a perfeição do saber, que consiste em nada mais do que a sede pelo adquirir saber.

27 de out. de 2007

O discurso e a imagem

Qual o perigo da colisão entre estes dois incógnitos determinadores sociais da personalidade?

Acabo de ouvir uma discussão sobre este tema, que me fez levar o assunto adiante com “meus botões”.

O que é discurso e o que é imagem exatamente?

Lembro-me de alguns discursos meus na adolescência que hoje simplesmente me são pueris e que não combinam em absolutamente nada com meu discurso e ainda menos com minha imagem.

Mas o que é imagem? É o que planejo e acredito projetar ou é o que as pessoas enxergam sobre mim?

Neste blog me intitulo Sabichona, no entanto minha apresentação contém erros de português, assim como vários dos meus posts.

Em meu trabalho tenho uma postura extremamente profissional, embora me vista de forma completamente descompromissada.

Mas não é sobre esta antítese que quero discorrer, mas sobre esta nossa mania de julgamento predisposto, a nossa culpa ao mudar de idéia e nossa ridícula idéia de que a imutabilidade de opinião é o que nos dá a mais primorosa das características de personalidade.

Quem disse que não podemos mudar de idéia???

O pior dos discursos é aquele em que você se aprisiona a algo que ao mudar, e tudo muda, condenará você a total incredibilidade.

O melhor discurso que já ouvi foi sem dúvida o de Raul Seixas ao afirmar que “prefere ser uma metamorfose ambulante a ter a mesma velha opinião sobre tudo”.

Se considerarmos que somos fruto do meio, e somos isso é fato, e que nosso meio muda a cada milésimo de segundo, seria insano não mudarmos, nossa imagem, postura, discurso e tudo o mais que vivenciamos.

Não mudar seria abrir mão da nossa condição humana, seria finalmente entregarmo-nos a modernidade de forma que acreditássemos ser máquinas.

Portanto, minha sugestão e sentença pessoa, que certamente ainda mudará, é a de que buscarei jamais me aprisionar a uma condição de discurso ou de imagem predeterminada de forma que não possa mudar.

Quero mudar o tempo todo, como mudei ao longo da redação deste texto, certamente não sou a mesma mulher que escreveu a primeira palavra, aliás a idéia inicial deste texto era outra, e mudou, afirmo que até agora esta é a melhor versão dele, e se amanhã mudar, tornarei a discursar.

24 de out. de 2007

A Beleza de São Paulo


Se você mora em São Paulo, sabe sobre o que estou falando, se não mora, precisa visitar esta cidade em um dia de chuva.

São Paulo é muito conhecida por seus prédios e a dureza de seu concreto, como cantada por Caetano, sempre condenada por sua insônia financeira, e frieza produtiva de máquina do país.

Mas ao parar sob a marquise de uma típica padaria paulistana durante uma tarde de chuva é possível ver quanta beleza tem esta cidade. Uma beleza como daquelas traçadas por artistas em telas modernistas, pouco compreendidas por muitos, mas ovacionadas por quem se dedica a apreciá-las em suas sutilezas.

A cor envernizadora que a chuva dá a tudo nos faz lembrar o que faz de São Paulo, a terra da garoa, é esta sua capacidade de beleza ainda que diante do caos que a chuva tráz. Os guarda chuvas trazem algum charme a correria cotidiana, há planos mais aconchegantes para o fim do dia, como o café com os amigos no fim do expediente, ou o encontro com a familia depois do trabalho.

Não serei hipócrita ao ignorar as filas nos corredores de ônibus, e o transporte coletivo cheio de pessoas cansadas e castigadas pelo excesso de passageiros durante um retorno longo pelo transito que as chuvas causam, mas diante de meses sem chuva, durante uma longa estiagem em que a correria era agravada pelo clima causticante que o asfalto nos impelia no dia a dia, vamos lá, comemoremos a beleza da chuva paulistana.

Com seu tempo e seus contratempos, e continuemos pedindo e agindo, para que um dia, possamos apenas contemplar a chuva.

23 de out. de 2007

Resposta

Hoje recebi a ligação de uma amiga que recentemente se mudou para a Suiça.

E ela me perguntou se eu estava deprimida.

Disse que estava acompanhando o Blog, e que minhas últimas postagens pareciam de alguém deprimida.

Bem minha querida, ai vai a resposta, mas elaborada, do que a que te dei esta manhã.
Não estou deprimida, estou apenas numa readaptação ã solidão intelectosocial a que sua ausência me condenou.

Veja que não a culpo, muito pelo contrário. Além de invejar sua atual vida nesse país onde a qualidade de vida é total, sei o quanto você está feliz, e fico muito feliz por isso.

Torço para que você aproveite esse período para amadurecer muitas coisas, projetos pessoais, r visões, relacionamentos e tudo o mais. Afinal essa experiência pode determinar toda a sua vida daqui para frente.

Mas é fato que a sua viagem me submete a realocar comportamentos, readequar pensamentos e devaneios que antes fluíam em voz alta sem pudores ou maiores explicações. Agora tenho que escolher palavras, medir entendimentos e as vezes (ah! Deus essa é a pior parte) explicar o que eu quis dizer com o que falei.

Minha amiga, não se preocupe, não estou deprimida, só estou me readaptando, logo, logo este período letargico terá passado, novamente estarei inconformista com essa mediocridade que nos cerca, com o universo paralelo em que grande parte do dia vivemos, e você verá, que durante a dita "depressão" estava apenas reposicionando a lupa, por onde nós sabemos enxergar esse mundico.

Um beijo a minha cara Eladir

16 de out. de 2007

Crise de identidade intelectual

Hoje passei o dia sonando...
Ah que sono enfadonho a inteligência média provoca em mim.
A ausência de uma inteligência astuta e desafiadora faz com que o tempo corra sem qualquer produtividade de senso criativo ou desenvolvedor.
Há algum tempo deixei de lado a hipocrisia e passei a assumir alguns aspectos de mim. Um deles é afirmar com relativa seguraná que sou superior a outras pessoas.
Essa soberba que declaro sem qualquer pudor, é relativa porque ao me comparar com os "outros" me deparo com uma mediocridade tal, que afirmar ser melhor não é nenhum disparate.
A mediocridade invade a alma humana de uma forma tão avassaladora que o estado de inércia de qualquer ser superior não denota a eles qualquer expressão, eles simplesmente não notam.
A alguém do meu nível é possível transitar de forma premeditadamente inutil entre os demais sem chamar qualquer atenção ou desconfiança.
E essa ignorância massificada que domina o país de forma que sou hoje obrigada a reconhecer alguma inteligência em nosso presidente e tantos outros. Afinal eles passam desapercebidos por todos, ainda que não façam qualquer das coisas que deveriam, eles são munidos por essa inteligência aquém da mediocridade institucionalizada.
Deus, agora me pergunto se sou tão inútil quanto o presidente, ou se ele é tão inteligente quanto eu que passa sonolento por todos.

15 de out. de 2007

O palavrório

Uma das coisas mais importantes que aprendi com meu pai foi apenas falar sobre o que conheço.
Ele sempre disse, se quer falar, fale sobre o que conhece, se não conhece e ainda assim quiser falar, aprenda e então fale.

Sem dúvida essa semana um dos assuntos mais discutidos, de forma poeril, é o horário de verão. Alguns sábios limitam-se a dizer - Adoro este horário, porque saio do trabalho com o dia ainda claro - outros (onde eu me encluo) Detesto acordar com o dia ainda clareando, sinto falta do ceu azul.

Esta estratégia "energética" tornou-se um tabu. Tabu sobre o qual por serca de um mes, giram as conversas das mais inocentes às mais politizadas.

Há os que afirmam ser esta estratégia uma idiotice governamental, que poupa apenas X ou Y quando o consumo de energia é de N, pior, estas pessoas sitam fontes que vêm assegurar sua credibilidade. Afimando calculos jamais realizados.

Eu detesto o horário de verão e muitas outras responsabilidades que o ser uma cidadã global me trazem. No entanto utilizo desta ferramenta democratizadora para me informar ao máximo sobre estes temos, podendo então estabelecer uma relação ao menos informativa com eles.

O que pensarão as futuras gerações ao verem seus pais desacreditarem uma ação de grande importância não só no patamar econômico quanto na tal afamada sustentabilidade?

Deus!!!

Fica aqui uma intimação que querem falar.
(embora um impulso maquiavélico me diga para sugerir a biblioteca local) Digitem o endereço abaixo em seu navegador de internet http://www.google.com.br/ e busquem mais informações sobre o que querem falar. Seja o horário de verão ou qualquer outro assunto.

Eis um bom começo

10 de out. de 2007

Cansada

Sem dúvida esta foi a semana mais improdutiva que já vivi.

Invejo os trabalhadores braçais que concentram toda sua capacidade produtiva no corpo e não tem esta habilidade abalada por qualquer atemporalidade da alma.

Trabalhei, fui a empresa a semana inteira, fiz o que era preciso, até desenvolvi algo, mas passei por lá me sentindo um zumbi, um zumbi porque estou anestesiada, passei a semana assim, tentando não sentir.

Tentando não lembrar qual o centro criativo da minha vida, para que eu pudesse passar pela semana sem sucumbir a crise que isso me traz.

Eu jamais escreveria um livro, minha capacidade criativa é inconstante demais para isso. Oscilo entre inspirações banais do cotidiano a enraigadas inspirações vindas do coração, da minha experiência pessoal, de como reajo a tudo e de como tudo me afeta.

Bem, aqui estou eu diante de um eco desse mundo vazio da minha insatisfação, tanto que acabo de digitar insatisfação pensando em inspiração. Eis ai um ato falho revelador.

Estou cansada.

4 de out. de 2007

O medo causado pela inteligência

Hoje diante de um avassalador fato "cotidiano" sobre o qual sempre nos surpreendemos embora mais dia menos dia já o esperemos, ocorreu-me a lembrança de um texto brilhante que há algum tempo circulou pela internet.

Lamento não saber a autoria para dar a ela o devido destaque, mas peço permissão para que seu texto mais uma vez ilustre a dura masmorra a que alguns poucos são submetidos.

O título deste post, é o título do texto original.


Quando Winston Churchill, ainda jovem, acabou de pronunciar seu discurso de estréia na Câmara dos Comuns, foi perguntar a um velho parlamentar, amigo de seu pai, o que tinha achado do seu primeiro desempenho naquela assembléia de vedetes políticas.
O velho pôs a mão no ombro de Churchill e disse, em tom paternal: "Meu jovem, você cometeu um grande erro.
Foi muito brilhante neste seu primeiro discurso na Casa. Isso é imperdoável ! Devia ter começado um pouco mais na sombra. Devia ter gaguejado um pouco. Com a inteligência que demonstrou hoje, deve ter conquistado, no mínimo, uns trinta inimigos. O talento assusta".

Ali estava uma das melhores lições de abismo que um velho sábio pôde dar ao pupilo que se iniciava n'uma carreira difícil.
Isso, na Inglaterra. Imaginem aqui, no Brasil.

Não é demais lembrar a famosa trova de Ruy Barbosa:
"Há tantos burros mandando em homens de inteligência,que, às vezes, fico pensando que a burrice é uma Ciência".
A maior parte das pessoas encasteladas em posições políticas é medíocre e tem um indisfarçável medo da inteligência.
Temos de admitir que, de um modo geral, os medíocres são mais obstinados na conquista de posições. Sabem ocupar os espaços vazios deixados pelos talentosos displicentes que não revelam o apetite do poder.
Mas, é preciso considerar que esses medíocres ladinos, oportunistas e ambiciosos, têm o hábito de salvaguardar suas posições conquistadas com verdadeiras muralhas de granito por onde talentosos não conseguem passar.
Em todas as áreas encontramos dessas fortalezas estabelecidas, as panelinhas do arrivismo, inexpugnáveis às legiões dos lúcidos.

Dentro desse raciocínio, que poderia ser uma extensão do "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdan, somos forçados a admitir que uma pessoa precisa fingir de burra se quiser vencer na vida.

É pecado fazer sombra a alguém até numa conversa social.

Assim como um grupo de senhoras burguesas bem casadas boicota, automaticamente, a entrada de uma jovem mulher bonita no seu círculo de convivência,por medo de perder seus maridos, também os encastelados medíocres se fecham como ostras, à simples aparição de um talentoso jovem que os possa ameaçar.

Eles conhecem bem suas limitações, sabem como lhes custa desempenhar tarefas que os mais dotados realizam com uma perna nas costas...

Enfim, na medida em que admiram a facilidade com que os mais lúcidos resolvem problemas, os medíocres os repudiam para se defender.

É um paradoxo angustiante !

Infelizmente, temos de viver segundo essas regras absurdas que transformam a inteligência numa espécie de desvantagem perante a vida.

Como é sábio o velho conselho de Nelson Rodrigues... "Finge-te de idiota, e terás o céu e a terra".

O problema é que os inteligentes gostam de brilhar! Que Deus os proteja, então, dos medíocres!...

2 de out. de 2007

A garota do vestido verde


Você sabe do que a inveja de uma mulher é capaz quando ela compra uma roupa duas vezes menor que ela apenas para se certificar de que, quem realmente cabe no vestido não vá usá-lo.


Crueldade pura e absoluta???

Não, eu chamo de masoquismo. Vamos a análise pormenorisada do sentimento desse ser amarelo de inveja.

A mulher masoquista tem uma habilidade assustadora de aprisionar-se num ideal de si mesma que leve-a a torturar-se em nome dessa visão. Visão, porque é de conhecimento público que as medidas tomadas por ela como suas, e apenas suas, não lhe pertencem. É notório, basta olhar para saber que seu manequim não é o 40, e ela ficaria linda se assumisse o 44, mas prefere espremer-se numa calça 42 sem etiqueta para afirmar o 40. Mesmo que transborde a já popular "pochete", ela insiste em se enxergar assim, P quando deveria comprar o G para ficar mais elegante, num número real.

Mas a realidade não faz parte do universo desta masoquista. Ela precisa possuir, mesmo que seja pelo único prazer de saber que ninguém mais usará aquele vestido, ninguém em quem o vestido realmente sirva e fique apropriado.

Eu chamo isso de capacidade de estupro.

Porque esta mulher além de ter a loucura de comprar uma peça que não lhe sirva, comete o ato criminoso de vestí-la.

Mesmo que o laço criado pelo estilista para envolver a cintura, vire um laçarote pendente contrariando a concepção original da peça.

Não tenho qualquer preconceito pelos adeptos do sadomasoquismo, só que ainda prefiro que eles adotem essa prática no isolamento de seus quartos, em privacidade, sem nos impor a imagem grotesca deste fetiche invejoso e pervertor das boas práticas da modelagem.

1 de out. de 2007

Imagens da semana


Precisa falar alguma coisa??? As imagens falam por sí só.

1 - O raio da bota dos invernos passados, pesando mais do que o já pesado visual de nossa amiga pesadinha. Nada contra as pesadinhas, muito pelo contrários, mas esse visual filha, tá de matar.

2 - A miserável cintura baixa, e ainda pior num figurino que de brega já passou de tão horroroso, que sapato é esse minha filha??? E essa bolsa, tudo a ver.

3 - A pior de todas, infelizmente meu celular não conseguiu captá-la de frente, mas acredite, acima da legging (eca) com salto, esse vestido reaproveitado e este casaquinho curto (cruzes) tem gola de pele falsa (ahhhhhhhhhhhh socorro).

Vou continuar assistindo "O Diabo Veste Prada", e amanhã apareço com algo mais ácido.

30 de set. de 2007

Chefe burro com funcionário inteligente.

Fácil reconhecer esse quadro. Normalmente o idiota que ocupa a posição de chefia, se comporta como CHEFE, no sentido antropológico da palavra.

Ele se senta numa cadeira que deixe claro que sua posição é superior. Já reparou, as cadeiras dessas bestas? Têm o encosto normalmente mais proeminente, é pro imbecil se sentir rei. Se for o dono da empresa então, o trono é de couro.

Mas indo direto ao ponto, ainda que estes seres ridículos ocupem salas enormes e tenham equipamentos de ponta, sua única e mais marcante habilidade é contratar profissionais incrivelmente superiores a eles.

Ai está o segredo do seu sucesso. Não sabem fazer, pagam alguém que faça...mas que faça do jeito que eles querem.

Ahhhhhhhhhhh ai está a terrível controvérsia, e a maior crueldade. Esses abjetos pagadores da inteligência alheia se sentem no direito de manipulá-las ao ponto de levá-las ao limite do emburrecimento. Sim, conheço “N” profissionais que diversas vezes em sua carreira se viram emburrecer e buscaram ajuda para não se entregar a esse processo que se assemelha a lavagem cerebral.

Profissionais que são levados a prática inadequada de seu trabalho porque um CHEFE TRIBAL imbecil, impõe-lhe o signo do salário.

Exatamente, não sei exatamente como, mas estes seres conseguem captar no mercado profissionais brilhantes que por alguma razão, precisam se resignar por algum tempo, a esse abuso. Sim abuso, isto é puro abuso de poder, eles submetem estes profissionais a sua autoridade medíocre baseados única e exclusivamente nisso, no seu poder de pagar o salário.

Há livros que falam sobre isso, livros de auto ajuda que dizem como trabalhar para um idiota. Ou seja essa situação é de domínio e conhecimento público, pergunto agora quando e como isso irá acabar???

Caberá a estes profissionais uma rebelião em massa???

Não, melhor que isso, é o saber fazer, é o conhecimento que estes poderão levar consigo pela eternidade e a dádiva de saber que o medíocre que um dia o chefiou morreu na mediocridade.

Este não terá nunca o que o cure, porque sua maior e pior burrice é acreditar que ao ter dinheiro ou posição pode submeter um ser humano intelectualmente superior a ele.

A frase mais notória que carrego como princípio em minha vida é de Freud, “Só o conhecimento traz o poder”, li esta frase pela primeira vez aos doze anos em uma capa de caderno. Lembro-me de tê-la recortado e guardado por anos, usando-a sempre nas capas de minhas pastas escolares. Depois de um tempo não foi mais necessário porque passei a entender a transcendência desta frase que vai muito além do conhecimento institucionalizado do ensino e da cultura. Freud nesta frase se refere ao poder real, sobre-humano que apenas as pessoas que realmente conhecem a si mesmos e a suas habilidades forças, fraquezas, as pessoas que conhecem a habilidade do aprender, do saber, do conhecer. Estas pessoas tem o poder real, o poder de decidir o que realmente pode atingi-las, o poder de escolher ser influenciada por alguém, o poder de se deixar sentir melhor ou pior que alguém.

É esse poder que garante que profissionais submetidos a CHFES BURROS, permaneçam sãos, incólumes em seu crescimento, pois a grande maioria delas consegue se manter em crescimento, pessoal e profissional, e este é o real poder. Poder escolher não ser atormentado pela burrice de seu chefe, mas se guiar pelo princípio do que conhece e se manter focado ao que ainda quer e sabe fazer.

A estes profissionais ofereço Freud.

“Só o conhecimento traz o poder” e vocês têm o poder.

26 de set. de 2007


Ontem voltei resoluta a minha dieta.
Hoje entrei na internet como faço diariamente para ler os noticiários da manhã e encontrei a brilhante campanha de um fotografo italiano contra a anorexia.
E quer saber???
Comi duas trufas enormes logo depois do almoço.
Em comemoração a minha sanidade.

Sim porque é insano o sacrifício a que essas meninas se propõem por uma imagem que apenas elas vêm no espelho.

Maravilhoso Modigliani, artista italiano
expressionista que sabia retratar a beleza
do corpo feminino.

Gostaria de retornar ao renascentismo, quando as mulheres eram cultuadas em obras de arte hoje imortais por sua beleza de alma, suas formas eram arredondadas e fartas, voluptuosas, para expressar toda a alma de que eram dotadas, a espirituosidade e virtude de mulheres que buscavam conteúdo muito além da forma.
Hoje o intelecto simplesmente não conta. O que conta são literalmente os números. Mulheres são descritas por suas medidas, há até gabaritos de medida ideal.

Podia colocar aqui uma foto chocante de uma anorexica, mas prefiro cultuar o realmente belo.


Ninguém pergunta mais quais os livros que se leu, quais os quadros que aprecia, aprender alguma habilidade então... hunf, só se for truques para perder medidas, como limão com água morna pela manhã ainda me jejum... pois é, é isso que circula entre essas futeis adoradoras do corpo.

E como qualquer fanatismo, esse culto leva a morte. Como os homens bomba, esses adeptas da anorexia usam seu corpo para destruir a si mesmas.

Estou falando na segunda pessoa, porque não acredito em vitima inocente. Tudo parte do princípio da vulnerabilidade e como diz minha mãe, "mente vazia oficina do Diado".

Quando eu ainda era um bebe, fui selecionada para ser o bebê Johnson, minha mãe recusou a oferta. Durante a infância não foram poucas as amigas que diziam, "leve-a a uma agência ela tem talento, é desinibida, gosta de fotos".

Não condeno as mães que o fazem, mas afirmo que a responsabilidade de criar suas filhas cultuando apenas o corpo e não desenvolvendo personalidade intelectual, é sua, e falhar com esta responsabilidade é deixá-las vulnerável.

Cresci entre livros, embora a princípio os odiasse.

Hoje, ainda que me mantendo atenta a balança e ao que ponho no prato, não troco minhas medidas intelectuais por melhores medidas físicas.

Os links abaixo têm um parecer muito interessante sobre disturbios alimentares. Dê uma olhada e pense sobre o assunto.


24 de set. de 2007

Pedra Parada Cria Limo, e Faz Escorregar.


A sabedoria popular é fonte de grande conteúdo seja qual a for à área em que se queira aplicar. Claro com uma dose adequada de Maquiavel para a correta administração dessa sabedoria.

Ao observar o mundo corporativo é interessante verificar o poder que determinadas pedras têm sem nunca serem notadas.

Aquelas pedras limosas escondidas pela corredeira, que simplesmente estão ali há anos intocadas, sem nenhuma reação, simplesmente vendo a correnteza dos anos passar, e são exatamente estar pedras, ali quietas e paradas que são as mais perigosas.

Exatamente por não se mexerem, por não mudarem ao longo do tempo, por ficarem de expectadoras à vida do rio, estas são as pedras que fazem escorregar, são estas pedras que fazem a fama do rio de traiçoeiro, perigoso, arriscado, inseguro...

Há os que se arrisquem nessas corredeiras cheias de pedras escorregadias, eles vêm sempre revestidos de equipamentos de segurança e algum amor a aventura, mas passam rápidos, não atravessam o rio, mas se deixam levar de passagem por cima destas pedras limosas, se aproveitam do seu limo para escorregarem e passagem mais rápido com seus botes seguros.

Outros procuram a experiência de atravessas o rio e não se curvarem diante da correnteza, usam de toda sua paciência e habilidade em analisar cuidadosamente onde estão pisando e atravessam o rio contornando as pedras, algumas vezes pisam nelas e rapidamente buscam apoio em terreno mais seguro ou numa corda amarrada as margens do rio.
A travessia dos rios é inevitável, e as pedras jamais deixarão de existir, o importante é saber exatamente a que grupo de desafiante se pertence. Aos de equipamentos seguros ou aos que preferem se adequar para a travessia, e jamais deixar-se seduzir a tornar-se uma pedra.

23 de set. de 2007

Tirei o final de semana de folga das críticas, embora esteja sempre com o radar para o mundo medíocre ligado.

Após realizar uma breve e superficial pesquisa, esta semana me entregarei a uma matéria de acidez conparada ao Tamarindo, sobre Os Chefes Burros com Funcionários Inteligentes, alvo de crítica escolhido unanimemente por 100% dos votos.

Por hora.

Terminarei de saborear meu domingo, enclausurada no meu universo seguro e limpo da mediocridade.

Até amanhã.

20 de set. de 2007

A Pintolândia


Antes de iniciar, gostaria de salientar que não sou feminista e que esta crítica soará feminista apenas aos homens que vivem na Pintolândia e que não querem se libertar dela.


A Pintolândia não é um país distante ou encantado onde era uma vez. A Pintolândia é aqui.


Bem aqui onde os homens se consideram seguror por dominar. A Pintolândia tem como principio dominante a certeza dos homens em sua superioridade, biológicamente dada a eles pela sobra muscular que lhes presenteou com uma extremidade a mais que a mulher, e por isso, inconscientemente subestimam a inteligência da mulher. Predominantemente os moradores da Pintolândia substimam esta inteligência por sua prematuridade. Explico.


Eles costumam atribuir alguma inteligência semelhante à sua nas mulheres que tem a sua idade, e subestimam amadoramente as mulheres de menor idade e proeminente capacidade de similaridade a sua inteligência.


Esta ingenuidade masculina em julgar a inteligencia feminina jovem inferior, os condena a ataques de manipulação desta ingeligência de forma que nunca saberão que estão sendo usados.


Estas mulheres fazem com que pareça que as brilhantes idéias (plantadas por elas) pareçam ser dos homens, de forma que eles as apresentem, levem a diante e assumam o risco por elas. Estas mulheres encenam dramas de extrema fragilidade e entrega de forma que eles achem que são fortes para socorrê-las, e não percebem que estão sendo usados como hálibe para sucessivas estratégias de manipulação em grupo.


Estas habilidosas manipuladoras governam a Pintolândia, fazendo acreditar a esses homens que levam os títulos dos cargos que elas ocupam nas sombras da manipulação, de forma que eles jamais saibam, que ao se sentirem seguros na Pintolândia, são habitantes submissos da Vaginolândia.

18 de set. de 2007

Não muito, só um pouco a dizer.

As vezes calar diz tanto, e ainda assim a soberba nos faz falar.
Simplesmente calar e dizer tudo o que é preciso é tão mais eficaz que dizer, falar, tagarelar e não conseguir comunicar nada do que realmente é preciso.

É unanimidade entre os que me conhecem minha habilidade e articulação ao falar. No entanto poucos são o que sabem quanto mais eu deveria me calar.

Estes são privilegiados por um conhecimento tal de mim, que os permite saber todas as minhas lascas, desde as que ainda podem ser aparadas até as que já feriram tanto e são tão profundas que só podem ser compreendidas como parte importante de mim.

Mas muito mais difícil que calar é o cicatrizar do dizer.

Espero esse um dia aprender.

17 de set. de 2007

Tempos Modernos


Hoje completamente encerrada na loucura do meu dia, me ví na obrigação de tantas coisas e uma das obras primas de Chaplin veio me responder.


Quem nunca viu Tempos Modernos, definitivamente não tem respostas para diversos dilemas da vida moderna.


Mais do que nunca Chaplin é atemporal, hoje ele é mais contemporâneo do que nunca.


Nossa "modernidade"nos bombardeia de tantas possibilidades que chegam ser obrigações. Temos de saber tudo, ler todos os e-mail, responder, atender nossos celulares, e também o telefone do escritório, receber e retornar fax, atender as solicitações do msn, no fim do dia baixar os e-mail's pessoais, entrar no banco, pagar contas, ler o resumo das notícias do dia que serão comentários, ler a previsão do tempo para saber o que vestir na manhã seguinte, estar atualizada sobre o mercado em que atua, sobre as tendencias mundiais do setor e de outros subsetores que podem influenciar o seu setor de atuação. Além disso, precisa saber quem foi premiado no Emmy, e porque exatamente, precisa ter lido a sinopse dos principais filmes que estão sendo aguardados no cinema, estar antenado sobre os best seller's do momento e os prováveis próximos a serem lançados. Dar atenção a todos os scraps do orkut, aparecer no perfil de alguns amigos regularmente para dizer oi, descongelar o jantar do dia seguinte, lembrar se é dia de lixeiro, seguir a dica do especialisa do noticiário e colocar uma bacia de água no quarto para manter a umidade, saber usar um MP3, MP4 e quantos MPS forem lançados, saber usar o bluetooth do celular, conhecer exatamente a extensão ideal para enviar fotografias por e-mail para parentes distantes acompanharem o crescimento das crianças que passam o dia, no colégio, depois tem natação, duas vezes por semana ingles, tres vezes por semana informática e uma vez por semana balé para a menina e judô para o menino. Lembrar que para relaxar precisa estar pontualmente as 20h na academia para a aula de yoga, por isso é melhor correr e sair antes dorodizio porque se sair depois terá de pegar tortuosos atalhos para fugir da fiscalização, antes de dormir, não esquecer de programar o relógio, passar o hidratante e o antiidade, verificar a agenda do dia seguinte e se der tempo que tal sexo?


Ah! Sábio Chaplin, sabia exatamente o que dominaria a humanidade!


Por isso antes de se vangloriar do status que tem atingido durante sua vida, olhe para tras, muito lá atras, e confesse a inveja vigorosa que tem das tardes despreocupadas em que seu avô simplesmente se sentava na varanda diante do portão para ver o movimento enquanto sentia a brisa fresca, despreocupado com o passar dos dias, simplesmente sorvendo a vida, num movimento doce e entregue. Quando ele respirava fundo e sentia o cheiro das árvores vindo com o vento.


Assistir Tempos Modernos deveria ser obrigatório para compreensão da vulnerabilidade do ser humano a suas incontrolaveis ambições.

16 de set. de 2007

Você já provou sua pitanga?



Me lembro da primeira que comi.
Sei que conheci a pitanga na infância, mas a primeira de que me lembro, comi na adolescência.
Lembro da sensação de excitação que tive ao experimentar a leve acidez dessa fruta tão sexy.
Foi numa época em que começava a despertar minha sexualidade, meu sentidos estavam despertando para um mundo de sensações desconhecidas, e o sabor da pitanga despertava todos esses sentidos.
Hoje sei disso com consciência, e lembro dessa descoberta de sabor e sentidos com muita saudade.
As manhãs ensolaradas em que ouvia violão, na maioria das vezes Raul Seixas, e desenhava pitangas, inebriada, tentando transcrever no desenho uma sensualidade que ainda adormecia e o sabor da pitanga incitava, mas ainda não explicitava.
Hoje saboreio os sentidos, mas não mais a pitanga, há tanto tempo não encontro essa fruta, acho que ao reencontra-la retornarei ao prazer do primeiro orgasmo.

14 de set. de 2007

Abro mão


Tenho uma pergunta simples a fazer.

A emancipação feminina é um fato, ok.

Agora no caso de eu não querer essa tal emancipação???

Posso revogá-la?

Sim, porque discutir a emancipação feminina vai me jogar na contra a parede do machismo empurrada por uma onda de feminismo.

Então quero escrever uma espécie de texto de revogação, ou errata.

Porque ao inventar essa tal emancipação, não nos libertaram, mas no enjaularam.

Acho que no fundo não queriamos sair de casa apenas e ganhar as ruas e o mercado de trabalho, além do cenário político claro, queríamos mesmo é que os homens viessem para dentro de casa.

Casa refere-se ao universo feminino no tocante a suas intermináveis tarefas.

Claro, a mulher ganhou o mundo, mas não se livrou do fogão, das roupas, da casa, do supermercado...

E os homens, o que aconteceu com eles?

Eles continuam donos de um universo paralelo, onde as mulheres pensam transitar, mas ainda são separadas discaradamente por vidros. Elas vislumbram seus mundos mas ainda vivem em outro.

As mulheres voltam do trabalho, pegam os filhos na escola, preparam o jantar, colocam roupas na máquina, descongelam o jantar do dia seguinte, planejam passar no super mercado durante seu intervalo de almoço e program o sábado para ir a reunião escolar, antes de dormir, se certificam de que seu homem esteja alimentado, de que a casa esteja em ordem, os relógios programados para dispertas, e o lixo separado.

Ufaaaaaa!

Cansa só de pensar.

E os homens???

Bem, estes chegam cansados, tomam um banho e esperam enfadonhamento seu jantar, enquanto esticam as pernas no sofá.


Definitivamente, quem foi que mandou queimar sutiã???


13 de set. de 2007

Bota fora!!!


Será que é díficil observar que o INVERNO ACABOU ???


Durante os dias de frio já era triste observar as tais botas Pata de Bode (como foram apilidadas por alguns respeitados estilistas) invadirem as ruas.


Pelo amor de Deus, aquilo é horrível. Aquilo, porquê me recuso a dar aquilo o status de bota, uma peça tão elegante do vestuário feminino.


Até pode ser charmosinha (mas ainda horrorosa) em adolescentes customizadas, curtindo a onda do rock ou seja láo que for.


De resto..... heresiaaaaaaa.


Ver mulheres como eu, batatudas, usando aquela aberração vinda sei lá de que profundesas por cima de leggings sobrepostas de minivestidos, isso é aterrador, o cara que desenhou a primeira destas bestiais botas deve se sentir como Santos Dumond vendo aviões na primeira guerra.


Pior que aturar essas bestas no inverno é vê-las ainda nas ruas.


Então ai vai um recado às imbecis que ainda usam estas botas, mesmo diante do clima seco aterrador, que já fez as mulheres inteligentes mostrarem os dedinho em lindas e leves sandálias primaveris, ou as mais clássicas escolherem chaneis de bico delicado e elegante.


Essas porcarias deixam seu visual pesado, suado e cafona, parece que seu pé grudou nesta porcaria no inverno passado e nunca mais sairá dele. Não é por terem desenhinhos artesanais, bordados ou entalhes em madeira (a visão do inferno hippie) que elas combinam com o verão ou a primavera, aliás elas não combinam com nada, ainda menos com mulheres acima dos 30.


Deu pra entender ou vou ter de desenhar???


12 de set. de 2007

Orgasmos múltiplos

Há quem passe pela vida sem saber o que é humor.

Sim, passa pela vida, porque sem humor não se vive, só se passa.
Se passa por inteligente.
Se passa por sério.
Se passa por antipático.
Se passa, se passa, passa...
Passou...

Perdeu a oportunidade de fazer história. Porque na vida das pessoas por quem passamos o que realmente marca é o quanto as fazemos rir, o quanto dividimos sorrisos com elas, é isso que fica, e isso é fazer história.

Quem perde a oportunidade de fazer ou rir de uma piada, simplesmente decidiu passar pela vida.

Praticar o humor seja lá qual for ele, o ácido, o negro, o xulo ou o tolo, seja lá qual for, se bem vivido, se aproveitado até a ultima gargalhada.........ahhhhhhhhh que prazer, são como pequenos orgasmos que nos tomam durante a convivencia social.

É como se ao gozar de um humor cotidiano nos fosse permitido passar o dia fazendo sexo, sem receios, pudores ou traições, porque podemos fazê-lo o tempo todo, com todos, sem sermos acuzados de adultério ou termos de explicar a homossexualidade.

Ah! Que delícia é o prazer que o bom humor traz.

Lamento que aos frígidos esse extase nunca seja permitido.

11 de set. de 2007

Não Vejo Flores em Você!!!










Você é adolescente???
Você está vestida de noiva???
Você é dançarina espanhola???
Você está em lua de mel tirando fotos na beira da praia???
Você está no Big Brother e precisa de uma marca além da sua bunda, para ser lembrada pelo povão???

Se todas as suas respostas foram não.

PELO AMOR DE DEUS NÃO USE UMA FLOR NO CABELO

Flores artificiais, de tecido, crochê e qualquer outro artigo artesanal.....

Não é fofo, não é chic, não é moda... é ridículo, é pobre e ponto final.

HIPOCONDRIA COLETIVA

Você já percebeu como existem pessoas que adoram adoecer???

Sinceramente não sei se elas adoecem mesmo, eu acredito que todos os infinitos sintomas, seus ou as vezes atribuidos a parents próximos, seja no fundo um terrível déficit de atenção. Isso mesmo, déficit de atenção.

Observe, depois que as pessoas passam a conviver na mesma rodinha por algum tempo, acho que o assunto acaba, sabe aqueles assuntos característicos das conversas iniciais de convivencia que tem o objetivo de apresentar as pessoas. Depois que elas se tornam conhecidas, são poucas as que conseguem manter a atenção em sí. Sei lá, por falta de estilo próprio ou brilhantismo inteligente de quem tem realmente algo a acrescentar. Essas pessoas passam então, desesperadamente, a pedir atenção atravez de suas narrativas incessantes de sintomas aterradosres de doenças jamais explicadas.

Jamais explicadas não por serem raras, não. Na maioria das vezes trata-se de resfriados corriqueiros, alergias hereditárias, ou as famosas viroses. Mas, ai é que começa a neurotica competição hipocondríaca.

Quando alguém diz, "Peguei um resfriado...", o doente por atenção toma a conversa para sí e inicia sua narrativa "Esse resfriado tá pegando todo mundo, lá em casa meu marido ontem não conseguia respirar, porque o resfriado entupiu o pulmão dele e o médico disse que nunca tinha visto isso, é raro, já gastei rios na farmácia e ele não melhora, agora desenvolveu ..."

E por ai vai... se o pobre resfriado cita um sintoma, o doente por atenção menospreza com a célebre frase, "Você ainda consegue falar, imagina, quando eu peguei esse resfriado, fiquei uma semana sem abrir a boca...."

Essa carência alucinada por atenção é o principal sintoma de doença do bendito. Mas ninguém percebe, porque ele contagia, aos pouco todos ao seu redor começam a narrar seus terríveis sintomas de uma doença corriqueira, mas se os sintomas forem todos iguais, não haverá singularidade digna de atenção, então cada sintoma é compulsivamente ampliado de forma que a frívola virose passe a um aterrador mal capaz de levar um conhecido, de quem uma vez se ouviu falar, à morte.

Cuidado com esses hipocondríacos, ao sentí-los iniciar a narrativa de um sintoma, discretamente mude de assunto, fale sobre política, clima, religião, futebol....... e de fininho saia de perto antes que adoeça do mesmo mal.

10 de set. de 2007

Anestesia Diária

Diáriamente algo te anestesia. Te deixa alheia a alguma coisa que habitualmente seria importante no seu dia, mas você escolhe se anestesiar, e ficar alheia a isso.

Minha anestesia hoje é o cansaço, que me toma de uma forma tal que simplesmente não me resta acidez a aplicar em qualquer fato, e veja que foram muitos, dos que marcaram o meu dia. Tanto a dizer, mas a anestesia é mais forte, portanto.

Amanhã comentarei sobre o excesso de flores, a burrice institucionalizada e o déficit de atenção que causa a hipocondria.

Acredite, após a anestesia não sobrará virgula sobre vírgula.

Eca que frase mais medíocre.

9 de set. de 2007

Crianças de cenoura com cobertura de chocolate

Ingredientes:

4 criancas médias (cenouras também serve)
2 xícaras de paciência açucarada
2 xícaras de criatividade enfarinhada
4 sacos de filó (também conhecidos como ovos)
1 colher de sopa de feriado

Preparo:

Misture o saco de filó, com as crianças e a paciencia açucarada.
Acrescente a criatividade enfarinhada associada do feriado.
Despeje em fôrma untada e leve ao forno.

Calda de Chocolate:

1 xícara de achocolatado
1/2 xícara de açúcar
1 1/2 xícara de leite
1 colher de sopa de margarina

Derreta o açúcar com o achocolatadado e a margarina. Acrescente o leite e deixe apurar até começar a desprender do fundo da panela.

Deixe esfriar, despeje em copinhos descartáveis (utensílio indispensável para quem não tem filhos, mas recebe visita de crianças)
Sirva para as crianças acompanhada de uma negociação precisa: "Se tiverem dor de barriga e contarem que comeram calda de chocolate pura, nunca mais repito a dose".

Pronto.

Um doce inesquecível.

6 de set. de 2007

O Dia da Independência

Amanhã é 7 de setembro.
Não vou fazer de conta que alguém precise saber que dia é este.
Mas pelo amor de Deus, procure o que fazer e realmente faça. Não vem com essa de manifestação, passeata ou sei lá o quê, pra fazer desta data uma grande vaia ao governo federal.

Concordo em todas as instâncias de que esse governo é digno de vaias, ops.... na verdade ele não é digno de nada. Então que tal não dar ibope a esses medíocres? Minha sugestão é simplesmente ignorá-los, que tal fazer de conta que não estamos sendo governados, que vivemos um período agovernado, que vivemos uma lacuna histórica, da qual renasceremos, espero eu, nas próximas eleições.

Então é isso, se você quer fazer alguma coisa neste sete de setembro, não vem com essa de brasileiro engajado ou revoltado, você tem que encarnar esse cara na hora da urna. Agora, celebra o feriado que é do que todos gostamos, pega a familia, vai pra praia, assita ao desfile, fique emocionado com o hino, e na hora que aparecer o barbudo, aproveita e faz um intervalo pro xixi.

5 de set. de 2007

O Salto


Preciso denunciar, há assassinas entre nós.
Verdadeiras Serial Killer`s, especialistas em torturar, humilhar e por último assassinar com requintes de crueldade o salto alto.

Esse belíssimo acessório feminino, que tem por missão maior elevar a alma de uma mulher, tem sido vorazmente atacado por essas sociopatas.

Como cidadã defensora da boa postura, espero colaborar com a caça a estas algozes do salto alto, descrevendo seu retrato falado.

Dobram o joelho para se equilibrar no salto
Andam com passinhos curtos “socando”o salto no chão – faz parte da humilhação fazê-los de alarme ou uma espécie de sensor de presença
Ao parar elas empinam o bico do sapato, e ficam rodando o salto no chão, para torturá-los mostrando o solado do sapado e usando o salto como demarcador de solo (há assassinas mais cruéis que deixam a etiqueta de preço a vista no solado)

M.O. das Assassinas dos Saltos

Submetem o pobre salto a companhias como casaquinhos de lã esportivos e calças jeans estilo cargo
Combinam leggins rosas, pernas finas, blusas de estampas largas, estômagos altos e sapatos de salto branco (ahhhhhhhhhhhhhhhhhhh, isso é desumano)
Algumas homicidas mais cruéis, ressuscitam o salto largo e reto de botas em nobuk do inverno passado, já banidas para o além, para serem submetidos ao convívio tortuoso com calças cápris (forçadas a serem Skyns – mas isso é coisa para outro dia) e blusinhas de corte duvidoso.

Não posso continuar.

A mim só resta a esperança de que um dia os saltos se revoltem, recuperem sua auto estima, unam-se então num movimento de guerrilha pela elegância, buscando retomar sua dignidade há muito roubada e então reviveremos a memorável cena de “Mulher Solteira a Procura”.
Ai então terei minha alma lavada.

4 de set. de 2007

Maldita Tolerância

Nossa que dia maravilhoso para minha prática favorita. Criticar.
Hoje foi um daqueles dias férteis, em que tudo o que acontece esfrega no meu nariz um maravilhoso motivo de critica, e das mais ácidas.

Durante essa farta colheita, ocorreu-me que grande parte dos problemas do mundo são causados por essa péssima influência que é a tolerância.

Isso mesmo a culpa é da tolerância, não da falta dela mas do excesso. Somos treinados desde a infância a tolerar os erros alheios, as incapacidades as pequenezas de alma e, por fim esta tolerância nos expõe a pessoas que de tão toleradas acham que “tudo bem” como a máxima do comercial.

“Tudo bem se eu não conseguir ser melhor”
“Tudo bem se eu não tenho agilidade de raciocínio”
“Tudo bem se eu não sei o que é elementar a minha posição”
Tudo bem.... tudo bem.......

Ó Deus!!! É uma sucessão de fracassos justificados quando na realidade a única justificativa é a preguiça patrocinada pela tolerância.

Toleramos Gerentes Supervisores da Cordenação de Pedidos, não porque eles sabem o que fazem muito pelo contrário, toleramos porque eles já são tolerados há mais de 25 anos, e, aí vem a crueldade que a tolerância impõe a nós, os que se exigem ser mais, toleramos porque antes de seus nomes, essas pessoas passam a ter o cargo vitalício de COITADO.

É um tal de , “coitadinha, ela é inocente, nunca fez nada além disso, mas é super legal.” “Coitadinho, ele não consegue entender, você podia fazer isso pra ele, porque na posição dele fica chato confessar que não sabe.”

Ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhh!

Façam-me um favor!

Abaixo a tolerância agora!
Eu não quero tolerar a ignorância consentida
Não quero tolerar a burrice acomodada
Não quero tolerar a comedida covardia de dizer:

MOVA-SE, FAÇA MELHOR, SEJA MELHOR.

E por último; prefiro ser descrita como A Megera Maquiavélica Inteligente e Cruel, a ser a coitadinha, a boazinha, a legalzinha.....eca quero vomitar.

3 de set. de 2007

Estréia

Pronto, criei um blog pra dizer o que penso, seja lá sobre o quê ou quem for, não preciso me preocupar com as opiniões, não preciso ser política, posso falar.... falar... destilar todo e qualquer veneno sem qualquer pudor idiota que a sociedade queira impor.

Esta é a proposta deste Blog, se vc quer falar sobre temas que simplesmente contrariam nossa inteligência, agúçam nossa intolerância ou despertam nossa ácida ironia, encontrou onde fazê-lo.

Também aceitarei assuntos sobre os quais queiram minha opinião, contanto que eu possa dizer o que quiser, você pode perguntar, criticar, e até sugerir o que bem quiser, que eu comento.

A casa é minha, mas a roda está aberta, pegue uma cadeira e faça-se presente. Participe.