Você já percebeu como existem pessoas que adoram adoecer???
Sinceramente não sei se elas adoecem mesmo, eu acredito que todos os infinitos sintomas, seus ou as vezes atribuidos a parents próximos, seja no fundo um terrível déficit de atenção. Isso mesmo, déficit de atenção.
Observe, depois que as pessoas passam a conviver na mesma rodinha por algum tempo, acho que o assunto acaba, sabe aqueles assuntos característicos das conversas iniciais de convivencia que tem o objetivo de apresentar as pessoas. Depois que elas se tornam conhecidas, são poucas as que conseguem manter a atenção em sí. Sei lá, por falta de estilo próprio ou brilhantismo inteligente de quem tem realmente algo a acrescentar. Essas pessoas passam então, desesperadamente, a pedir atenção atravez de suas narrativas incessantes de sintomas aterradosres de doenças jamais explicadas.
Jamais explicadas não por serem raras, não. Na maioria das vezes trata-se de resfriados corriqueiros, alergias hereditárias, ou as famosas viroses. Mas, ai é que começa a neurotica competição hipocondríaca.
Quando alguém diz, "Peguei um resfriado...", o doente por atenção toma a conversa para sí e inicia sua narrativa "Esse resfriado tá pegando todo mundo, lá em casa meu marido ontem não conseguia respirar, porque o resfriado entupiu o pulmão dele e o médico disse que nunca tinha visto isso, é raro, já gastei rios na farmácia e ele não melhora, agora desenvolveu ..."
E por ai vai... se o pobre resfriado cita um sintoma, o doente por atenção menospreza com a célebre frase, "Você ainda consegue falar, imagina, quando eu peguei esse resfriado, fiquei uma semana sem abrir a boca...."
Essa carência alucinada por atenção é o principal sintoma de doença do bendito. Mas ninguém percebe, porque ele contagia, aos pouco todos ao seu redor começam a narrar seus terríveis sintomas de uma doença corriqueira, mas se os sintomas forem todos iguais, não haverá singularidade digna de atenção, então cada sintoma é compulsivamente ampliado de forma que a frívola virose passe a um aterrador mal capaz de levar um conhecido, de quem uma vez se ouviu falar, à morte.
Cuidado com esses hipocondríacos, ao sentí-los iniciar a narrativa de um sintoma, discretamente mude de assunto, fale sobre política, clima, religião, futebol....... e de fininho saia de perto antes que adoeça do mesmo mal.
11 de set. de 2007
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