11 de set. de 2007

HIPOCONDRIA COLETIVA

Você já percebeu como existem pessoas que adoram adoecer???

Sinceramente não sei se elas adoecem mesmo, eu acredito que todos os infinitos sintomas, seus ou as vezes atribuidos a parents próximos, seja no fundo um terrível déficit de atenção. Isso mesmo, déficit de atenção.

Observe, depois que as pessoas passam a conviver na mesma rodinha por algum tempo, acho que o assunto acaba, sabe aqueles assuntos característicos das conversas iniciais de convivencia que tem o objetivo de apresentar as pessoas. Depois que elas se tornam conhecidas, são poucas as que conseguem manter a atenção em sí. Sei lá, por falta de estilo próprio ou brilhantismo inteligente de quem tem realmente algo a acrescentar. Essas pessoas passam então, desesperadamente, a pedir atenção atravez de suas narrativas incessantes de sintomas aterradosres de doenças jamais explicadas.

Jamais explicadas não por serem raras, não. Na maioria das vezes trata-se de resfriados corriqueiros, alergias hereditárias, ou as famosas viroses. Mas, ai é que começa a neurotica competição hipocondríaca.

Quando alguém diz, "Peguei um resfriado...", o doente por atenção toma a conversa para sí e inicia sua narrativa "Esse resfriado tá pegando todo mundo, lá em casa meu marido ontem não conseguia respirar, porque o resfriado entupiu o pulmão dele e o médico disse que nunca tinha visto isso, é raro, já gastei rios na farmácia e ele não melhora, agora desenvolveu ..."

E por ai vai... se o pobre resfriado cita um sintoma, o doente por atenção menospreza com a célebre frase, "Você ainda consegue falar, imagina, quando eu peguei esse resfriado, fiquei uma semana sem abrir a boca...."

Essa carência alucinada por atenção é o principal sintoma de doença do bendito. Mas ninguém percebe, porque ele contagia, aos pouco todos ao seu redor começam a narrar seus terríveis sintomas de uma doença corriqueira, mas se os sintomas forem todos iguais, não haverá singularidade digna de atenção, então cada sintoma é compulsivamente ampliado de forma que a frívola virose passe a um aterrador mal capaz de levar um conhecido, de quem uma vez se ouviu falar, à morte.

Cuidado com esses hipocondríacos, ao sentí-los iniciar a narrativa de um sintoma, discretamente mude de assunto, fale sobre política, clima, religião, futebol....... e de fininho saia de perto antes que adoeça do mesmo mal.

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